Manual da vida a dois

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A Relação entre Admiração e Dependência

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Torresmo
abr 26, 2025
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A Relação entre Admiração e Dependência
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I. A gênese da admiração

A admiração é uma das forças afetivas mais ambivalentes que atravessam a vida a dois.

No início das relações, ela é celebrada: admirar é reconhecer no outro uma grandeza que falta em nós, um traço que desejamos tocar, um brilho que nos acende e nos comove.

Admirar é, antes de tudo, aceitar a alteridade: aceitar que o outro é mais do que projeção dos nossos desejos, é um ser em sua plenitude própria.

Mas a admiração, que pode ser fonte de eros e fascínio, carrega em seu ventre o germe da dependência — e, com ela, a possibilidade de angústia e destruição.

II. Admiração como projeção do ideal

Do ponto de vista psicanalítico, admirar é projetar sobre o outro uma parte idealizada do próprio eu: aquilo que gostaríamos de ser, aquilo que sentimos que nos falta.

Não admiramos o outro pelo que ele é, mas pelo que ele encarna — para nós — como possibilidade de transcendência.

Neste sentido, toda admiração contém uma semente de autoabandono: quanto mais o outro concentra em si o que julgamos imprescindível, mais nos esvaziamos de nós mesmos para permanecer ao seu lado.

É aqui que a linha tênue entre admiração e dependência começa a se desenhar.

III. O nascimento da dependência afetiva

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